É de pequeno...

...que se molda o caráter.

Semana passada aconteceu um fato inédito até então na minha ainda estreante vida de professora: Descobri que nem todos meus alunos gostam de mim. No momento foi chocante, aliás eu diria até frustrante. Depois eu parei prá pensar. É tudo uma questão de simpatia mútua.

Quando eu estava começando, um ex professor meu disse (aliás, pessoa queridíssima, que deu uma força :) ), quando eu perguntei prá ele o que eu poderia fazer para prender a atenção de uma classe de "Teenagers": 'lembre-se que você não pode fazer milagres, e que às vezes, eles simplesmente não gostam de você'

A questão é que tem pai e mãe que não têm noção de como é o filho, e de como ele se comporta longe da presença deles. A criatura mente e eles acreditam.
Deus que me livre de ser esse tipo de mãe, cega. Porque claro, mentir é normal do ser humano (veja bem, eu disse NORMAL e não CORRETO). Mas tem coisas que são ridículas, e tem mentiras, principalmente vindas de uma criança, que podem prejudicar e muito a vida dos outros.

O caráter se define ainda muito cedo, na infância. Mas com 12, 13 anos, ainda dá prá consertar alguma coisa. Não é assim que se compensa as crianças pelas nossas falhas. Não é acreditando em tudo e muito menos fazendo o que elas pedem. E nem incentivando o "puxa saquismo" (ahuahau), que muito sabiamente meu namorado (outra pessoa queridíssima, meu companheiro de sempre sempre :) ), me disse na hora que eu contei o incidente: 'Aposto que ela é puxa saco e você não dá bola nenhuma prá ela'. Acertou em cheio... Porque eu não vou fazer diferenças prá ninguém porque a pessoa fica interrompendo o tempo todo, ou que fica perguntando bobagens sobre os livros ou elogiando, ou o que seja. Todo mundo gosta de elogios, lógico. Mas dá prá saber quando o interesse é sincero.

Próximo capítulo: reposta de um comentário :)